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‘Diferentes opiniões vão trazer mais inovação’, diz presidente da L'Oréal Brasil

An Verhulst-Santos participou de evento de Celina sobre diversidade no mercado de trabalho
An Verhulst-Santos, presidente da L'Oréal Brasil Foto: Arte sobre foto de Fábio Cordeiro?Agência O Globo/05-09-2018
An Verhulst-Santos, presidente da L'Oréal Brasil Foto: Arte sobre foto de Fábio Cordeiro?Agência O Globo/05-09-2018

RIO — A presidente da L’Oréal Brasil, An Verhulst-Santos , define-se como uma belga que renasceu brasileira. A executiva iniciou sua carreira na multinacional de beleza em 1991, na Bélgica. Desde 2017, comanda a operação brasileira. Em entrevista a Maria Fernanda Delmas , falou da importância da diversidade nas corporações.

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Qual é a maior dificuldade em implantar políticas de diversidade em uma empresa?

Na L’Oréal não é muito difícil, porque a empresa tem isso no DNA. O mais importante é ter uma mesa com várias pessoas com diferentes opiniões, que vão trazer um debate mais interessante, mais inovações, mais desempenho e mais crescimento. Nas nossas marcas é a mesma coisa, cada uma delas representa a diversidade de beleza. E no Brasil em particular, que é o quarto mercado de beleza de mundo, há uma diversidade de belezas muito grande, são 8 tipos de cabelo, mais de 50 tons de pele. O Brasil é um país onde a diversidade deveria ser o coração de cada empresa. Na nossa empresa é assim.

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Na publicidade, há uma luta por mais inclusão, por mais representatividade. Como é no caso da L'Oréal?

O primeiro trabalho é ter diversidade nas nossas equipes e ter certeza de que a sociedade está sendo representada. E isso traz inovação. No mercado brasileiro, temos marcas na farmácia, por exemplo, com uma paleta muito grande de filtros solares com cor, para que cada um encontre seu tom. A Taís Araújo é porta-voz da L’Oréal há mais de dez anos. Vamos sempre conseguir? Não. Mas seguimos tentando para buscar mais e mais representatividade. O que é importante para nós é essa ideia de beleza para todos.

A L'Oréal depende muito de pesquisa. Vemos um movimento grande no mundo por mais mulheres na ciência, na engenharia. Como é para vocês esse recrutamento? As mulheres chegam a vocês?

Temos um programa de 14 anos no Brasil, já ajudamos 98 mulheres cientistas e recebemos cada vez mais e mais inscrições. Mundialmente lançamos o programa “Men for Women in Science” (Homens pelas Mulheres na Ciência, em tradução livre). Quando você tem um ambiente de trabalho em que os homens líderes apoiam as mulheres, isso ajuda muito. Então vejo que são as duas coisas: tem mais e mais mulheres que vêm e também o lado masculino, que precisa incentivar as mulheres a entrarem na ciência.