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Brasil chega a 1,7 milhão de infectados pela Covid-19, aponta consórcio da imprensa em boletim das 20h

Mais de 41 mil novos casos foram informados nesta quarta-feira pelas secretarias estaduais de saúde
Fieis vão à Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro usando máscaras de proteção e mantendo a distância um dos outros. Foto: PILAR OLIVARES / REUTERS
Fieis vão à Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro usando máscaras de proteção e mantendo a distância um dos outros. Foto: PILAR OLIVARES / REUTERS

RIO — O Brasil chegou a 1.716.196 milhão de infectados pela Covid-19. As secretariais estaduais de Saúde reportaram 41.541 novos casos nesta quarta-feira. O país havia atingido a marca de 1,6 milhão de contaminados no último domingo.

Nas últimas 24 horas, também foram registradas 1.187 mortes, elevando o total de óbitos no país para 68.055. O levantamento foi realizado por um consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo. O próximo boletim será divulgado às 8h de quinta-feira.

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O levantamento mostra que 50% das mortes por Covid-19 confirmadas nas últimas 24 horas ocorreram no Sudeste, região que também concentra 46% dos novos casos confirmados nas últimas 24 horas. Ao analisar o número total de mortes e de casos confirmados, o Sudeste também lidera, representando 46% e 34% respectivamente. Em contrapartida, a região Sul é onde concentra-se a menor porcentagem de mortes e casos, tanto diários quanto totais.

Dados do governo

O boletim do Ministério da Saúde aponta 1.713.160 casos confirmados da Covid-19, sendo notificados 44.571 novos casos nesta quarta-feira. As mortes somam 67.964, das quais 1.223 foram registradas nas últimas 24 horas. Desse total, 305 ocorreram nos últimos três dias. Há ainda  4.105 óbitos em investigação.

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De acordo com os dados, os estados com os maiores números de casos são: São Paulo (341.365), Ceará (128.471), Rio de Janeiro (126.329), Pará (118.744) e Maranhão (92.939).

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Já os  estados com o maior número de mortes são: São Paulo (16.788), Rio de Janeiro (10.970), Ceará (6.665), Pará (5.169) e Pernambuco (5.323).

Quase um milhão de pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus no Brasil em um mês

A epidemia da Covid-19 parece longe de estar sob controle no Brasil, com taxa de contágio em alta na última semana . O coronavírus aterrissou oficialmente no Brasil em fevereiro, chegou aos 100 mil casos em maio, atingiu 1,6 milhão no último domingo, e os cientistas ainda têm dificuldades para saber quando o número galopante de contágios será freado.

Hoje, um consórcio de veículos de imprensa criado para apurar notificações diárias da pandemia completa um mês de existência. No primeiro dia de levantamento, o Brasil tinha 742.084 infectados e 38.497 mortes. Nesse período, o número de casos de coronavírus no país aumentou 142% e o de mortes, 83%.

Prefeitos de cidades grandes e médias reclamam de repasses do Ministério da Saúde

Prefeitos de cidades grandes e médias reclamam dos critérios usados pelo Ministério da Saúde para repassar R$ 13,8 bilhões aos municípios no combate ao novo coronavírus. Em reunião com o ministro interino Eduardo Pazuello, eles argumentaram que as cidades maiores arcam com o tratamento não apenas de seus residentes, mas também dos moradores dos locais menores. Ainda assim, os municípios de pequeno porte estão recebendo proporcionalmente mais do que os maiores. Os prefeitos não chegaram a defender uma revisão dos critérios, mas saíram com a promessa de que, nos próximos dias, vão receber 50% do valor que lhes cabe.

Os argumentos técnicos do Ministério da Saúde para agraciar as cidades pequenas são a interiorização da doença e o foco na saúde básica. Os procedimentos de média e alta complexidade estão concentrados nas cidades maiores. Já os prefeitos dos grandes centros argumentam que, embora haja uma tendência de interiorização da doença, o mesmo não pode ser dito sobre o tratamento dos pacientes.

Falta de notificação de Covid-19 em asilos ameaça idosos

Um mapeamento inédito feito pelo Ministério Público estadual do Rio de Janeiro, concluído na última terça-feira, revela que em 87 Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), nome oficial das casas de cuidados para pessoas mais velhas, desde o inicio da pandemia, ocorreram 1.115 casos — sendo 759 idosos e 356 profissionais — e 105 mortes de internos por conta da Covid-19. Na capital, há asilos com 100% de idosos e profissionais com Covid-19.

Outras 176 instituições que deixaram de notificar casos começaram a ser fiscalizadas pela  Secretaria Municipal de Saúde do Rio. O quadro é similar em outros estados do país, com surtos entre idosos registrados nos estados de São Paulo e Paraná. Em Londrina, o MP determinou a abertura de um inquérito policial para apurar se hove negligência na morte de oito idosos.

O confinamento em um único local, a dificuldade de isolar infectados e a fragilidade da saúde dos moradores tornaram os asilos — que abrigam um dos grupos mais vulneráveis ao novo coronavírus — lugares propícios à contaminação por Covid-19 país afora, exatamente como aconteceu nos EUA e na Europa.