Em “O jovem Ahmed”, o público se depara com as esperadas características do cinema de
Jean-Pierre e Luc Dardenne
: seco, direto, sem excessos. Como de hábito, os elementos valorizados são as interpretações dos atores, a qualidade do texto e o posicionamento da câmera, frequentemente próxima do protagonista. Uma economia de recursos louvável numa época acelerada como a de hoje, em que muitos filmes exibem efeitos e exageram na trilha sonora — procedimentos utilizados para seduzir a plateia.
O modo de filmar plenamente identificável dos Dardenne não bate na tela como mera repetição de um padrão estético. Ao contrário, abre ao espectador possibilidades de acessar as questões levantadas por meio das histórias contadas. Cabe dizer que, em “O jovem Ahmed”, a fotografia de Benoit Dervaux evidencia sintonia com a obra dos diretores, sem, porém, deixar de surpreender.
O filme dirigido por Stephen Gaghan é uma aventura nostálgica, estilo matinê, que Hollywood era craque em fazer nos anos 1930 e 40, com terras exóticas e personagens curiosos, voltada para toda a família. Gaghan consegue combinar com eficiência humor, ação, drama e suspense, mantendo o ritmo ágil da narrativa. Leia a crítica.
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'Luta por justiça'
O filme, baseado numa história real ocorrida entre o fim dos anos 1980 e o início dos 1990, retrata a luta pela liberdade de Walter McMillian (Jamie Foxx), homem condenado à cadeira elétrica sob acusação de ter matado uma jovem branca. O advogado negro Bryan Stevenson (Michael B. Jordan), contudo, suspeita da fragilidade das provas e passa a defender Walter e a questionar a investigação policial.
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'Frankie'
Frankie (Isabelle Huppert) está com um câncer terminal e reúne a família pela última vez nas belíssimas paisagens de Sintra, em Portugal. Mas, em vez das cenas de conjunto e das discussões lacrimejantes, Ira Sachs procede por cenas de passeio com duas ou três pessoas e pelo tom ameno com que as distintas decisões de vida são debatidas.
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'O jovem Ahmed'
Em “O jovem Ahmed”, o público se depara com as esperadas características do cinema de
Jean-Pierre e Luc Dardenne
: seco, direto, sem excessos. Como de hábito, os elementos valorizados são as interpretações dos atores, a qualidade do texto e o posicionamento da câmera, frequentemente próxima do protagonista.
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'O chamado da floresta'
A história contada em “O chamado da floresta”, filme de Chris Sanders adaptado do livro de Jack London, destaca a necessidade de encontrar o próprio lugar no mundo. É o que acontece com o cachorro Buck, que vivencia mudanças bruscas e forçadas ao longo de sua jornada, apresentada ao espectador por meio do procedimento da narração em off.
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“De quem é o sutiã?” propõe ao espectador a experiência mais serena do sorriso, e não a da gargalhada. O diretor e roteirista alemão Veit Helmer bebe na fonte de mestres do humor visual, como o francês Jacques Tati, para criar uma trama nonsense ambientada em Baku, a capital do Azerbaijão.
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'As invisíveis'
“As invisíveis” é uma produção francesa disposta a mexer em feridas sociopolíticas do nosso tempo, que se apresenta como uma comédia dramática em universo feminino, leve (embora contundente) e esperançosa.
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'Maria e João - O conto das bruxas'
O tom feminista do longa recebe reforço por meio de uma fotografia arrebatadora e um ritmo contemplativo. O diretor Oz Perkins segue no filme as diretrizes do terror psicológico do cineasta Roman Polanski, e até o visual de Lillis é inspirado no de Mia Farrow em “O bebê de Rosemary”.
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'Modo de produção'
O documentário ‘Modo de produção’ (Brasil, 2017), dirigido por Dea Ferraz, perpassa histórias de demissões de trabalhadores, aposentadorias e burocracias, a partir do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Ipojuca, em Pernambuco, e do suposto sonho de desenvolvimento econômico e social que surgiu com o Porto de Suape. O filme estreia no Instituto Moreira Salles.
O universo abordado aqui é delicado: o
radicalismo religioso
manifestado por jovens — no caso, o muçulmano Ahmed (Idir Ben Addi), de 13 anos, que vive na Bélgica. Há alguma afinidade temática com outro filme recente, “Adeus à noite” (2019), de André Téchiné, que mostra um rapaz envolvido com o planejamento de uma ação violenta ligada à religião. Tanto na produção anterior quanto nessa dos Dardenne, parentes ou professores não conseguem interromper, através da autoridade, a adesão dos jovens ao extremismo. Mas eles não medem esforços para impedir que o pior aconteça.
A cegueira ideológica de Ahmed culmina na tentativa de matar a professora Inès (Myriem Akheddiou). Contudo, a postura da professora e a relação afetiva com Louise (Victoria Bluck) acirram o conflito interno atravessado por Ahmed e despontam como intervenções importantes. Os cineastas, também responsáveis pelo roteiro, evitam um olhar fatalista, conforme se pode notar nos momentos finais. O resultado sensibilizou o júri em
Cannes
, que concedeu o
prêmio de melhor direção
.