Política Bolsonaro

Diversidade amplia público-alvo dos comerciais, segundo publicitários

Avaliação é que, ao dar espaço para todos os estilos de pessoas, marcas ganham mais a simpatia dos consumidores
Propaganda do Banco do Brasil, que foi tirada do ar a pedido do Presidente Jair Bolsonaro Foto: Reprodução
Propaganda do Banco do Brasil, que foi tirada do ar a pedido do Presidente Jair Bolsonaro Foto: Reprodução

SÃO PAULO —  Embora o governo tenha vetado a propaganda do Banco do Brasil com destaque à diversidade, o mercado publicitário deve manter o tema em evidência nas propagandas do setor privado. Profissionais da área avaliam que a decisão do presidente Jair Bolsonaro contraria práticas do mercado que têm se consolidado nos últimos anos. Além da importância de se tratar o tema, a avaliação é que, ao dar espaço para todos os estilos de pessoas, marcas ganham mais a simpatia dos consumidores.

Marcelo Paganini de Toledo, professor de Marketing e Comunicação na ESPM, conta que a campanha de uma empresa de cosméticos em 2015, com casais homossexuais, foi um marco que a coloca, até hoje, com forte entrada nesse segmento:

— A comunicação das empresas deve refletir o contexto da nossa sociedade. O Brasil é um país diverso e cada dia mais a convivência entre os diferentes é tema de atenção.

Thaís Mendes, diretora da Squad, uma das principais agências de casting especializada em modelos de diversidade, diz que a campanha em questão tem como mote o que vem sendo feito cada vez mais no Brasil.

— O país é extremamente diversificado. Essa é a representação da população. As pessoas não são apenas brancas e com perfis europeus, pelo contrário. E são só essas que eram vistas na mídia, mas finalmente o mercado acordou para isso — avalia Thais.