Por RJ2


372 pessoas esperam por leitos no Rio de Janeiro em meio a pandemia do coronavírus

372 pessoas esperam por leitos no Rio de Janeiro em meio a pandemia do coronavírus

Nesta sexta-feira (1), 372 pacientes aguardavam vaga em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no Rio, enquanto hospitais da capital mantinham leitos ociosos. Nas unidades de saúde, havia pacientes do grupo de risco do coronavírus sentados em cadeiras.

Era o caso de Severina Cosme da Silva, de 72 anos. Ela tem 80% do pulmão comprometido, mas aguarda uma vaga sentada em uma cadeira no CER Leblon.

Sabrina Costa, de 84 anos, estava há 24h no CER Ilha, também esperando uma vaga em UTI .

Marcos Aurélio Gaygher, de 45 anos, e taxista e faz parte do grupo de risco porque tem hipertensão. Está internado no Hospital Federal Cardoso Fontes, mas a família está desesperada porque não há vaga em UTI.

Leitos ociosos

Enquanto isso, vários hospitais da capital tinham leitos ociosos.

Uma vistoria realizada nesta sexta-feira (1) comprovou que há 151 leitos ociosos no Hospital Ronaldo Gazolla, em Acari, Zona Norte do Rio. A unidade, que tinha 230 leitos funcionando, é referência da Prefeitura do Rio para o tratamento de pacientes com Covid-19.

A inspeção feita pelo deputado federal Pedro Paulo e o vereador Alexandre Nunes, ambos do DEM, aconteceu um dia após reportagem do Jornal Nacional mostrar que havia 2.760 leitos parados em hospitais da capital.

Mesmo com pacientes na espera, há equipamentos novos que ainda estão guardados nas caixas.

A situação se repete em várias unidades. Na rede federal, são 1.303 leitos sem pacientes. Na estadual, outros 345. E, na municipal, mais 951. 

Um dos maiores hospitais da cidade, o Souza Aguiar, está com apenas 57% dos leitos ocupados.

Parte está parada por falta de profissionais. Segundo dados do Ministério da Saúde, houve uma redução de mais de 6 mil profissionais de saúde nos últimos três anos.

A Prefeitura não explicou por que os leitos livres, que têm profissionais, não recebem pacientes de Covid-19. Nem por que leitos com respiradores, como no Albert Schweitzer e Souza Aguiar, estão fechados. 

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