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'A dona do pedaço' prova que novela é um gênero vivo e disposto

Patrícia Kogut

Marcos Palmeira e Juliana Paes como Amadeu e Maria da Paz em 'A dona do pedaço' (Foto: Fabiano Battaglin/Gshow)Marcos Palmeira e Juliana Paes como Amadeu e Maria da Paz em 'A dona do pedaço' (Foto: Fabiano Battaglin/Gshow)

 

Aqueles que apostaram que as novelas estavam em extinção terão de rever seus conceitos. “A dona do pedaço” está aí provando o contrário. Ela vem cumprindo sua missão de fazer subir a audiência das 21h, combalida depois de “O Sétimo Guardião”. Nesta segunda-feira, 3, voltou a bater recorde e cravou 37 pontos em São Paulo, uma marca que sua antecessora não cruzou nem no último capítulo. Além disso, é assunto de conversas animadas nas redes sociais. Walcyr Carrasco, o autor, todos os dias apresenta mais uma trama, abrindo novas possibilidades e renovando o fôlego do enredo principal. Não dá para dizer que “A dona do pedaço” é inovação, iconoclastia ou revolução. Ao contrário. Trata-se de um novelão na mais pura acepção do termo. O amor de Maria da Paz (Juliana Paes) e Amadeu (Marcos Palmeira), intenso mas atravessado por mil impedimentos, expressa muito bem essa intenção. E há inúmeras outras mostras de melodrama “de raiz”: a dúvida se houve ou não uma troca de bebês no nascimento de Josiane (Agatha Moreira); o reencontro das irmãs Virgínia (Paolla Oliveira) e Fabiana (Nathalia Dill) e o fato de uma ser boa, a outra, má. Por aí vai.

Há indicativos de melodrama clássico também na realização. Um exemplo: como Maria da Paz ficou rica, ela passou a ter um mordomo e sua casa é decorada com todos os exageros de quem quer mostrar que prosperou. As caracterizações — apliques de cabelo e maquiagem carregada — estão afinadíssimos com tudo isso.

Resumindo, a novela é um gênero vivo e disposto. E, quando a história é boa, o público embarca.

 

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Confira o resumo de "A dona do pedaço" da semana de 3 a 8 de junho:

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