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A esperada volta de ‘Better call Saul’

Patrícia Kogut

'Bob Odenkirk' em 'Better call Saul' (Foto: Divulgação)'Bob Odenkirk' em 'Better call Saul' (Foto: Divulgação)

 

Um dos personagens mais tagarelas do mundo das séries americanas, Jimmy McGill (Bob Odenkirk) adentrou calado a quarta temporada de “Better call Saul”. O programa voltou à Netflix anteontem com a promessa de que, daqui para a frente, “a sua dramaturgia será elevada a um outro patamar”. Isso significa que o cruzamento dessa história com a de “Breaking bad” — que se desenrola em outra cronologia, no futuro — acontecerá em breve. Daqui para a frente, tem spoiler.

A temporada passada terminou com a casa de Chuck (Michael McKean) pegando fogo e a trama foi retomada desse ponto. Reencontramos Jimmy acordando na casa de Kim (Rhea Seehorn), que ainda está se recuperando do grave acidente de carro que sofreu. A primeira sequência é naturalmente silenciosa. A namorada ainda está dormindo e ele se movimenta evitando fazer barulho. Mas logo o telefone toca e é Howard (Patrick Fabian), com um recado fúnebre: Chuck morreu no incêndio, que, aliás, lambeu a casa inteira. Quando Jimmy chega lá, o rabecão está de saída e a cena toda é desoladora.

É nesse momento que o personagem perde a loquacidade, marca registrada que o acompanhava desde “Breaking bad”. O advogado de porta de cadeia com incontinência verbal dá lugar a uma figura quase muda. Somos apresentados a um homem envelhecido e derrotado.

Na paralela, acompanhamos encontro tenso entre Hector Salamanca (Mark Margolis), Gus Fring (Giancarlo Esposito) e Nacho Varga (Michael Mando). Eles tratam do futuro do cartel e da troca da guarda entre os seus líderes. Essa trama também aponta para explicar o que virá em “Breaking bad”. Finalmente, seguimos uma aventura de Mike Ehermantraut (Jonathan Banks). Ele se apropria do crachá do funcionário de uma empresa e circula livremente por todos os seus departamentos. No fim, procura a direção da firma mostrando que a segurança ali é frágil e oferece seus serviços.

Voltando a Jimmy, nos momentos finais do episódio, ele recupera o ânimo ao ter uma chance de se vingar das maldades pregressas de Howard. É tudo muito sutil, delicado e com poucos diálogos. “Better call Saul” recomeçou como uma boa promessa. Vale conferir.

 

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