As aventuras de Mr.White (Bryan Cranston) e Jesse (Aaron Paul) em 'Breaking bad' aparece entre os programas favoritos do ator (Foto: AP Photo)
Uma das melhores séries da chamada “era do ouro” da televisão, “Breaking bad” está fazendo, acredite, dez anos (a estreia foi em 20 de janeiro de 2008). Quando lançada, não fez muito barulho, mas logo se tornou um sinônimo de teledramaturgia de qualidade. Esta semana, a publicação americana “Variety.com” reuniu seus roteiristas para relembrar aquele trabalho e discutir o impacto que ele ainda causa no que vem sendo escrito desde então. O resultado está no site deles, vale conferir.
Se “Família Soprano” era protagonizada por um bandido que levava uma existência burguesa (Tony/James Gandolfini), “Breaking bad” fazia o caminho inverso. Seu enredo girava em torno de um bom homem comum, Walter White (Bryan Cranston), que cruza a fronteira moral do mau comportamento. O professor de química do ensino médio descobre ser portador de uma doença terminal e decide fabricar drogas para garantir um pecúlio para a família. Só que as questões que o motivam, no fim das contas, são mais do que as objetivas. A travessia na direção das atividades ilegais funciona como uma aventura de autoconhecimento. White não é, como ele próprio acreditava, aquele homem sem ambição, vocacionado para uma vida previsível. Ele se sente bem como bandido. “Breaking bad” era sombria, muitas vezes um pouco arrastada. Acima de tudo isso, foi uma série genial e que ainda merece ser vista. Passados tantos anos da estreia, continua cheia de frescor e surpresa.
Vale lembrar também que um dos mais bem-sucedidos spin-offs da TV derivou de “Breaking bad”: é “Better call Saul”, cuja nova temporada (na Netflix) é ansiosamente aguardada por seu público, entre o qual, me incluo.
